quinta-feira, 17 de março de 2016

Promoção de um clima escolar positivo...

Como Nasce uma Escola?
Nasce todos os dias
Com a envolvência de todos
Com diversos desenvolvimentos


Para que Serve a Escola?
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a ser



A indisciplina é um fenómeno complexo que se manifesta de diversos modos e graus de intensidade, com origem em múltiplos fatores de ordem social, familiar, pessoal e escolar, que contribui para o aumento dos índices de mal-estar e stress sentido pelos diferentes intervenientes educativos e alunos. Neste sentido, a intervenção na indisciplina coloca um desafio acrescido à escola e impõe uma ação coletiva da escola e da comunidade.






Na sequência da oficina de formação “Indisciplina (s) na escola: para uma prática integrada e sustentada de intervenção”, que está a ser desenvolvida, no presente ano letivo, com professores do agrupamento, têm sido refletidas algumas ideias relevantes que contribuem para a construção de práticas integradas e sustentadas que visam a criação de um ambiente escolar positivo, seguro, previsível e consistente.


As intervenções eficazes neste domínio assentam num conjunto de princípios orientadores:

  • Adoção de múltiplos níveis de intervenção (universal, dirigida e intensiva), que incluam a escola, sala de aula, recreio, corredores e outros espaços da escola, tendo em consideração um continuum de apoio aos diferentes alunos. 
  • Adoção de modelos mais proativos assentes em estratégias precoces, contextualizadas e preventivas. As respostas mais tradicionais centradas no castigo e na tolerância zero são insuficientes para reduzir os problemas comportamentais. Verifica-se que as respostas reativas aos problemas disciplinares contribuem para a redução imediata e a curto prazo dos problemas de comportamento. Contudo, a sua aplicação isolada é ineficaz na consolidação de um clima de escola positivo que previna o desenvolvimento e a ocorrência de comportamentos desajustados. 
  • Visão e expetativas comuns aos diferentes intervenientes educativos.
  • Estabelecimento de medidas de atuação comuns.
  • Envolvimento de toda a comunidade educativa (professores, alunos, pessoal não docente e encarregados de educação) na prevenção e na intervenção, numa lógica de trabalho colaborativo.
  • Liderança efetiva.
  • Relação estreita entre sucesso académico, saúde mental e disciplina. A promoção do sucesso e da aprendizagem como determinantes do envolvimento e disciplina dos alunos. As ações desenvolvidas no sentido da melhoria dos resultados escolares constituem estratégias eficazes de prevenção.
  • Ensino e reforço de comportamentos sociais positivos, tendo por base a modelagem de comportamentos ajustados.
  • Reconhecimento regular e sistemático dos comportamentos positivos.
  • Adoção de consequências consistentes para os problemas de comportamento.
  • Definição de um continuum de respostas específicas para problemas de comportamento (ligeiros a muito graves).
  • Criação de oportunidades e diferentes espaços de recreio, garantindo supervisão dos mesmos e estimulando ações e projetos de apoio e ajuda interpares e de solidariedade.
  • Diagnóstico, registo e monitorização de apoio à tomada de decisão.





Com efeito, a intervenção na indisciplina implica uma visão holística e sistémica, mas também sustentada. Como afirmam Costa e Vale (1998), falar de indisciplina e violência implica falar das "variáveis da ecologia da escola, das dinâmicas relacionais e de funcionamento organizacional, bem como da globalidade dos interlocutores para além dos pares". É inegável o papel de toda a comunidade escolar na resolução dos problemas de indisciplina, exigindo uma reflexão e envolvência de todos os intervenientes educativos.

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