terça-feira, 5 de abril de 2016

4UMinho | Feira de Oferta Educativa e Formativa

Nos próximos dias 7, 8 e 9 de abril realiza-se a 4Uminho - Feira de Oferta Educativa e Formativa no Pavilhão Multiusos em Guimarães. A entrada é livre.

Participa! Envolve-te! Procura! Explora! Sabe mais! 
A escolha é tua!


quinta-feira, 17 de março de 2016

Promoção de um clima escolar positivo...

Como Nasce uma Escola?
Nasce todos os dias
Com a envolvência de todos
Com diversos desenvolvimentos


Para que Serve a Escola?
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a ser



A indisciplina é um fenómeno complexo que se manifesta de diversos modos e graus de intensidade, com origem em múltiplos fatores de ordem social, familiar, pessoal e escolar, que contribui para o aumento dos índices de mal-estar e stress sentido pelos diferentes intervenientes educativos e alunos. Neste sentido, a intervenção na indisciplina coloca um desafio acrescido à escola e impõe uma ação coletiva da escola e da comunidade.






Na sequência da oficina de formação “Indisciplina (s) na escola: para uma prática integrada e sustentada de intervenção”, que está a ser desenvolvida, no presente ano letivo, com professores do agrupamento, têm sido refletidas algumas ideias relevantes que contribuem para a construção de práticas integradas e sustentadas que visam a criação de um ambiente escolar positivo, seguro, previsível e consistente.


As intervenções eficazes neste domínio assentam num conjunto de princípios orientadores:

  • Adoção de múltiplos níveis de intervenção (universal, dirigida e intensiva), que incluam a escola, sala de aula, recreio, corredores e outros espaços da escola, tendo em consideração um continuum de apoio aos diferentes alunos. 
  • Adoção de modelos mais proativos assentes em estratégias precoces, contextualizadas e preventivas. As respostas mais tradicionais centradas no castigo e na tolerância zero são insuficientes para reduzir os problemas comportamentais. Verifica-se que as respostas reativas aos problemas disciplinares contribuem para a redução imediata e a curto prazo dos problemas de comportamento. Contudo, a sua aplicação isolada é ineficaz na consolidação de um clima de escola positivo que previna o desenvolvimento e a ocorrência de comportamentos desajustados. 
  • Visão e expetativas comuns aos diferentes intervenientes educativos.
  • Estabelecimento de medidas de atuação comuns.
  • Envolvimento de toda a comunidade educativa (professores, alunos, pessoal não docente e encarregados de educação) na prevenção e na intervenção, numa lógica de trabalho colaborativo.
  • Liderança efetiva.
  • Relação estreita entre sucesso académico, saúde mental e disciplina. A promoção do sucesso e da aprendizagem como determinantes do envolvimento e disciplina dos alunos. As ações desenvolvidas no sentido da melhoria dos resultados escolares constituem estratégias eficazes de prevenção.
  • Ensino e reforço de comportamentos sociais positivos, tendo por base a modelagem de comportamentos ajustados.
  • Reconhecimento regular e sistemático dos comportamentos positivos.
  • Adoção de consequências consistentes para os problemas de comportamento.
  • Definição de um continuum de respostas específicas para problemas de comportamento (ligeiros a muito graves).
  • Criação de oportunidades e diferentes espaços de recreio, garantindo supervisão dos mesmos e estimulando ações e projetos de apoio e ajuda interpares e de solidariedade.
  • Diagnóstico, registo e monitorização de apoio à tomada de decisão.





Com efeito, a intervenção na indisciplina implica uma visão holística e sistémica, mas também sustentada. Como afirmam Costa e Vale (1998), falar de indisciplina e violência implica falar das "variáveis da ecologia da escola, das dinâmicas relacionais e de funcionamento organizacional, bem como da globalidade dos interlocutores para além dos pares". É inegável o papel de toda a comunidade escolar na resolução dos problemas de indisciplina, exigindo uma reflexão e envolvência de todos os intervenientes educativos.

domingo, 6 de março de 2016

Criar hábitos de estudo...

Artigo de opinião de Mário Cordeiro

Publicado no jornal i no dia 26 de janeiro de 2016

As crianças devem ser autónomas no seu quotidiano, designadamente no estudar. Todavia, ensinar, apoiar e estar disponível não é “fazer a papinha” mas sim ajudar os filhos, precisamente, a adquirirem essa autonomia.

















Uma das tarefas mais difíceis para um pai é convencer um filho a estudar e a criar hábitos de estudo.

Estudar é muitas vezes visto como um frete porque a questão é mal apresentada – não se estuda para passar nos exames, mas sim para conseguir um dos maiores objetivos do ser humano: o aperfeiçoamento, que dá gozo, prazer, é estimulante, criativo e torna-nos mais livre, porque nos permite mais soluções e opções. Se estudar for assim visto, as crianças estudarão com gosto, pese algumas matérias serem mais interessantes do que outras, ou a criança ter mais apetência para umas ou outras.
Um outro desafio que se apresenta aos pais é explicar aos filhos que estudar não é uma “seca”. Mas… será possível tornar o estudo divertido?
É. É possível, desde que se ensine (e se aprenda), desde muito cedo, a ser organizado e metódico, e que uma pessoa será tanto melhor estudante, no sentido lato do termo, e como ser humano, se for completa, eclética e pluripotencial. A tarefa começa, pois, no infantário! Se o estudo for visto como um desafio, como um jogo em que se pretende saber mais, para constatar que menos se sabe e que mais há para aprender, então as crianças gostarão de estudar, mesmo que estejamos perante um paradoxo. É verdade que é um paradoxo, mas um paradoxo gostoso, porque substitui o «só sei que nada sei», num «vou sabendo mais, mas sabendo que há muito mais para saber do que eu pensava». Pelo contrário, se o estudo for visto como um trabalho forçado que visa apenas os quadros de honra ou “ter 5 por ter 5”, então ninguém estudará com interesse.

 Os pais devem, assim, ensinar os filhos a ser metódicos e organizados, rigorosos e exigentes consigo próprios, mas a darem o melhor de si e não a compararem-se com os outros ou a serem bons para eles, pais, poderem dizer que têm um filho no quadro de excelência ou de honra, ou seja lá o que for. O bom planeamento está em ver qual a matéria, dividi-la, racioná-la, estabelecer objetivos e ver qual a melhor estratégia para os atingir. É bom todos os dias ler a matéria que foi dada (20 minutos serão o suficiente), não como forma de estudo mas para “puxar” a matéria que foi dada de manhã novamente para o consciente, ir tendo uma ideia, passo a passo, do que se vai dando, e na altura dos testes será muito menor o esforço e mais fácil o estudo, sem ter de prescindir de tudo o resto.



Alguns alunos podem precisar de espaços de calma e vocacionados para estudar, quando os pais e a escola não lhes ensinaram a metodologia do ensino/aprendizagem. Todavia, creio que explicações, no sentido de “mais do mesmo”, é pura perda de tempo e de dinheiro, entedia as crianças, enfurece os pais e desilude os explicadores. Uma criança, desde pequena, deve adquirir autonomia no estudo, o que não quer dizer que os pais não estejam sempre lá para apoio final, revisões, perguntas avulsas, ensinar pequenos truques, averiguar fragilidades, desdramatizar stresses… mas o estudo deve ser pessoal, com boas condições, sem televisão, playstations ou o que seja a interferir e a distrair. Será que os próprios pais sabem ter momentos de calma, rigor e objetividade assim?

(...) autonomia não é deixar desamparados, é deixar errar para corrigir, é apoiar, é estar disponível e presente, é fazer “sabatinas” e perguntas, sem stresse. Somos pais. Sem sermos “galinhas” temos de estar ao lado das nossas crias. Só assim poderão crescer, ter gosto pelo aperfeiçoamento e pelo saber. Autonomia anda a par e responsabilidade. Direitos andam a par de deveres… 


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Para refletir...


O RAPAZ QUE SE PORTAVA MAL MUITO BEM 


Era uma vez um rapaz que se portava mal muito bem, chamava-se Zé. Era até muito bom a portar-se mal. Havia colegas que eram muito bons em Português, Inglês, Educação Física ou Matemática, alguns eram mesmo bons a tudo, o Zé só era bom a portar-se mal. Mas nisso, repito, era mesmo bom, o melhor da escola. 

O Zé conseguia ter sempre a nota máxima a mau comportamento, não que ele fosse mau, só se portava mal muito bem. 

Os professores não gostavam assim muito do Zé mas os colegas, a maioria dos colegas gostava do Zé e pareciam gostar mais quando ele se portava pior. Achavam que o Zé fazia coisas mesmo difíceis, é que um tipo portar-se mal muito bem não é fácil e estavam sempre à espera que o Zé fizesse algo de novo que os divertisse, à custa dos professores é claro. 

Sempre que o Zé fazia das suas ou era castigado, os colegas chegavam-se mais perto e faziam-no sentir popular e cada vez mais convencido de que os colegas gostavam dele. 

E como o Zé precisava que gostassem dele. Tanto, tanto, que até se portava mal que era coisa de que ele nem gostava assim muito.

Retirado do blog atentainquietude.blogspot.pt